3° LUGAR – CONTO – PROSA ESTUDANTIL – INTERMEDIÁRIO – E.E. Iracema de Almeida – VIII Concurso Literário "Cidade de Ouro Branco"
Já amanheci morta
Era uma noite fria. Acordei no meio da madrugada e olhei para a tela do meu celular; ainda não tinha mudado a fotografia. Minha doce luz, lembro-me da última vez que nos vimos. Estávamos furiosas. Soltei um suspiro ao olhar para aquele olhar suave, como um anjo. Como aquele poderia ter sido tão cruel com uma pobre alma, como eu?
Quando você disse aquilo, com todas as palavras, sílabas e letras, me senti morta por dentro. Não me alimentava direito, não dormia como antes, estava fraca, cansada e com medo, principalmente. Eu era tão dependente dela e do seu amor que não tinha caído a ficha: ela tinha terminado comigo.
Era manhã quando olhei para o alarme. As lágrimas desciam pelas minhas bochechas avermelhadas pelas horas que chorei, rezando e implorando para ficar em volta de seus braços. Mas isso não iria acontecer. E, quando percebi que estava morta por dentro, seria tarde demais. Seria apenas mais uma manhã, como todas as outras, antes de tê-la.
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