2° LUGAR – CONTO – PROSA NACIONAL – VII Concurso Literário "Cidade de Ouro Branco"

O canto dos pássaros

Maria Lúcia Siqueira
São Paulo/SP

O canto dos pássaros é um presente da natureza, um eco da vida que nos envolve com sua beleza e serenidade. Cada manhã, ao abrir a janela de minha casa, sou saudado por uma sinfonia celestial, um coro de melodias que enche o ar com alegria.

Os pássaros, pequenos e coloridos, pousam nos galhos das árvores próximas, prontos para entoar suas canções. Cada espécie tem seu próprio repertório, uma linguagem única que revela sua identidade e propósito. É como se as árvores se tornassem palcos e os pássaros, artistas talentosos, prontos para iniciar o espetáculo.

A aurora é o momento em que essa sinfonia ganha vida, quando o sol se ergue no horizonte e pinta o céu com tons de laranja e rosa. Os primeiros raios de luz aquecem as penas dos pássaros, como se dessem o sinal para o início do concerto. É uma experiência que me transporta para um lugar de paz e tranquilidade, longe das preocupações do mundo cotidiano.

O canto dos pássaros é uma linguagem universal da natureza, compreendida por todos, independentemente de sua origem ou idioma. Ele transcende fronteiras e culturas, unindo-nos em um momento de contemplação e admiração pela maravilha da vida que nos rodeia.

À medida que ouço o canto dos pássaros, não posso deixar de pensar em sua importância para o ecossistema. Eles sinalizam mudanças no tempo, comunicam-se uns com os outros sobre perigos iminentes e, é claro, participam da eterna dança da vida, reproduzindo-se e garantindo a sobrevivência de suas espécies.

Quando fecho os olhos e me deixo envolver por essa melodia, sinto uma conexão profunda com a natureza. É como se os pássaros estivessem compartilhando segredos ancestrais, revelando os mistérios do mundo natural. É um lembrete de que, apesar de toda a tecnologia e avanço da civilização, somos parte integrante do reino da natureza, e sua beleza é inigualável.

O canto dos pássaros é um presente que nos é dado a cada dia. Uma lembrança constante de que a beleza e a serenidade da natureza estão sempre ao nosso alcance, esperando para serem apreciadas e celebradas. É uma lição de humildade, uma ode à simplicidade e um lembrete de que a beleza pode ser encontrada nos lugares mais comuns, se apenas pararmos para ouvir e apreciar.