Vencedores Poesia Estudantil – COLÉGIO ARQUIDIOCESANO DE OURO BRANCO – V Concurso Literário "Cidade de Ouro Branco" – 2022

Vencedores da categoria Poesia Estudantil do

COLÉGIO ARQUIDIOCESANO DE OURO BRANCO 



Beatriz Almeida Storck 1ª Colocada

CUBO

 

Estou dentro de um cubo

Dentro desse cubo há outras coisas,

Há futilidade, hipergamia e ingenuidade personificadas

Personificadas como formas corrosivas instáveis.

 

Seria isso a verdadeira humanidade?

Se deixar levar pela simples camada superficial de gelo do lago social?

Então não quero ser humano.

Honestamente tenho desgosto desse cubo.

 

Um dia sairei dessa forma cúbica

E então de forma cômica, como um mímico saindo da caixa

Irei para um tetraedro, adquirindo total estabilidade

E assim direi:

Estou fora do cubo.

 

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Hipergamia – (neologismo) pode ser entendido como muito unido ou muito reproduzido


Isabela de Castro Xavier – 2ª Colocada

A 30 METROS DO CHÃO

 

Ah, como eu te amo!

Você não faz ideia.

Eu ando para poder te escutar

eu viajo na ansiedade de voltar

eu durmo na esperança de poder te encontrar em meus sonhos

eu quero te contar o que eu vi

o que ouvi...

talvez até mesmo o que senti.

 

Hoje eu vi uma estrela que lembrou você

hoje eu escutei aquela música, que ouvi você cantar

hoje senti meu coração acelerar

quando veio em minha memória...

 

Tudo isso eu vivi

por ter tido fragmentos do seu espaço e tempo

que me levaram às alturas

mas que abriram meu coração

à altura equivalente a 30 metros do chão.

 

Uma pena não poder voar!

Contudo senti o gosto da adrenalina

senti o gosto das nuvens do céu.

Hoje eu prefiro olhar as estrelas

já não tenho mais coragem de me despencar

de uma altura além do nível do mar.

O seu lugar é voando

já o meu... é te admirando daqui de baixo mesmo

pois desaprendi a voar


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Ana Clara Aquino Tavares – 3ª Colocada

NOSTALGIA

 

Nostalgia

Da época que existia alegria

Da época que não existia tristeza, angústia nem dor

Da época que brincávamos até o sol se pôr

 

A nostalgia que me arde o peito todos os dias

Que me traz solidão e uma eterna gratidão

De que em algum dia vivi um tempo bom.

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